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segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Sebre Arara Azul repassado por Ivam Evaldo Kussler...
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Sebre Arara Azul repassado por Ivam Evaldo Kussler...: Sebre Arara Azul repassado por Ivam Evaldo Kussler e Bianca Ivan Evaldo kussler Arara Azul Nome vulgar: ARARA AZUL Nome em Espan...
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Sebre Arara Azul repassado por Ivam Evaldo Kussler...
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Sebre Arara Azul repassado por Ivam Evaldo Kussler...: Sebre Arara Azul repassado por Ivam Evaldo Kussler e Bianca Ivan Evaldo kussler Arara Azul Nome vulgar: ARARA AZUL Nome em Espan...
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Postagem sobre a baleia azul, repassado por Bianca...
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Postagem sobre a baleia azul, repassado por Bianca...: Postagem sobre a baleia azul, repassado por Bianca e Ivam Evaldo kussler e Ivan Evaldo Kussler. Sem fins autopromocionais, citando fontes....
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Postagem sobre a baleia azul, repassado por Bianca...
Curiosidades por Ivam Evaldo Kussler e Ivan Kussler: Postagem sobre a baleia azul, repassado por Bianca...: Postagem sobre a baleia azul, repassado por Bianca e Ivam Evaldo kussler e Ivan Evaldo Kussler. Sem fins autopromocionais, citando fontes....
domingo, 23 de agosto de 2015
Biografia Monteiro Lobato postado por Marcos e Ivan Evaldo kussler
Biografia Monteiro Lobato postado por Marcos e Ivan Evaldo kussler e Ivam Kussler, citando fontes.
Biografia, obras e estilo literário
Contista, ensaísta e tradutor, este
grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté,
interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como
promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada
pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar
seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente,
reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros
brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se
também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele
implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
Este notável escritor é bastante
conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com
linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se
dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são:
Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes;
Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde
de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca,
vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens
que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que
até hoje encanta muitas crianças e adultos.
Escreveu ainda outras incríveis obras
infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês
de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de
Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no
País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau
Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor
brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das
Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último
livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente
favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.
Frases de Monteiro Lobato
- "De escrever para marmanjos já estou enjoado. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo."
- "É errado pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião."
- "O livro é uma mercadoria como
qualquer outra; não há diferença entre o livro e um artigo de
alimentação. (...) Se o livro não vende é porque ele não presta".
- "Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos."
domingo, 10 de agosto de 2014
cronica de Machado de Assis repassada por Marcos Ivan e Ivam Evaldo Kussler
cronica de Machado de Assis repassada por Marcos Ivan e Ivam Evaldo Kussler , citando fontes abaixo.
12 de Fevereiro de 1893
Crônicas de Carnaval - Machado de Assis
FALECI ONTEM, pelas sete horas da
manhã. Já se entende que foi sonho; mas tão perfeita a sensação da
morte, a despegar-me da vida tão ao vivo o caminho do céu, que posso
dizer haver tido um antegosto da bem-aventurança.
Ia subindo, ouvia já os coros de
anjos, quando a própria figura do Senhor me apareceu em pleno infinito.
Tinha uma ânfora nas mãos, onde espremera algumas dúzias de nuvens
grossas, e inclinava-a sobre esta cidade, sem esperar procissões que lhe
pedissem chuva. A sabedoria divina mostrava conhecer bem o que convinha
ao Rio de Janeiro; ela dizia enquanto ia entornando a ânfora:
— Esta gente vai sair três dias à
rua com o furor que traz toda a restauração. Convidada a divertir-se no
inverno, preferiu o verão não por ser melhor, mas por ser a própria
quadra antiga, a do costume, a do calendário, a da tradição, a de Roma, a
de Veneza, a de Paris. Com temperatura alta, podem vir transtornos de
saúde, — algum aparecimento de febre, que os seus vizinhos chamem logo
amarela, não lhe podendo chamar pior... Sim, chovamos sobre o Rio de
Janeiro.
Alegrei-me com isto, posto já
não pertencesse à terra. Os meus patrícios iam ter um bom carnaval, —
velha festa, que está a fazer quarenta anos, se já os não fez. Nasceu um
pouco por decreto, para dar cabo do entrudo, costume velho, datado da
colônia e vindo da metrópole. Não pensem os rapazes de vinte e dous anos
que o entrudo era alguma cousa semelhante às tentativas de
ressurreição, empreendidas com bisnagas. Eram tinas d'água, postas na
rua ou nos corredores, dentro das quais metiam à força um cidadão todo, —
chapéu, dignidade e botas. Eram seringas de lata; eram limões de cera.
Davam-se batalhas porfiadas de casa a casa, entre a rua e as janelas,
não contando as bacias d'água despejadas a traição. Mais de uma
tuberculose caminhou em três dias o espaço de três meses.
Quando menos, nasciam as
constipações e bronquites, ronquidões e tosses, e era a vez dos
boticários, porque, naqueles tempos infantes e rudes, os farmacêuticos
ainda eram boticários.
Cheguei a lembrar-me, apesar de
ir caminho do céu, dos episódios de amor que vinham com o entrudo. O
limão de cera, que de longe podia escalavrar um olho, tinha um ofício
mais próximo e inteiramente secreto. Servia a molhar o peito das moças;
era esmigalhado nele pela mão do próprio namorado, maciamente,
amorosamente, interminavelmente . . .
Um dia veio, não Malesherbes,
mas o carnaval, e deu à arte da loucura uma nova feição. A alta roda
acudiu de pronto; organizaram-se sociedades, cujos nomes e gestos ainda
esta semana foram lembrados por um colaborador da Gazeta. Toda a fina
flor da capital entrou na dança. Os personagens históricos e os
vestuários pitorescos, um doge, um mosqueteiro, Carlos V, tudo ressurgia
às mãos dos alfaiates, diante de figurinos, à força de dinheiro. Pegou o
custo das sociedades, as que morriam eram substituídas, com vária
sorte, mas igual animação.
Naturalmente, o sufrágio
universal, que penetra em todas as instituições deste século, alargou as
proporções do carnaval, e as sociedades multiplicaram-se, com os
homens. O gosto carnavalesco invadiu todos os espíritos, todos os
bolsos, todas as ruas. Evohé! Bacchus est roi! dizia um coro de não sei
que peça do Alcazar Lírico, — outra instituição velha, mas velha e
morta. Ficou o coro, com esta simples emenda: Evohé! Momus est roi!
Não obstante as festas da terra,
ia eu subindo. subindo, até que cheguei à porta do céu, onde S. Pedro
parecia, aguardar-me, cheio de riso.
— Guardaste para ti tesouros no céu ou na terra? perguntou-me.
Se crer em tesouros escondidos
na terra é o mesmo que escondê-los, confesso o meu pecado, porque
acredito nos que estão no morro do Castelo, como nos cento e cinqüenta
contos fortes do homem que está preso em Valhadolide. São fortes;
segundo o meu criado José Rodrigues, quer dizer que são trezentos
contos. Creio neles. Em vida fui amigo de dinheiro, mas havia de trazer
mistério. As grandes riquezas deixadas no Castelo pelos jesuítas foram
uma das minhas crenças da meninice e da mocidade; morri com ela, e agora
mesmo ainda a tenho. Perdi saúde, ilusões, amigos e até dinheiro, mas a
crença nos tesouros do Castelo não a perdi. Imaginei a chegada da ordem
que expulsava os jesuítas. Os padres do colégio não tinham tempo nem me
os de levar as riquezas consigo; depressa, depressa, ao subterrâneo,
venham os ricos cálices de prata, os cofres de brilhantes, safiras,
corais, as dobras e os dobrões, os vastos sacos cheios de moeda, cem,
duzentos, quinhentos sacos. Puxa, puxa este Santo Inácio de ouro maciço,
com olhos de brilhantes, dentes de pérolas, toca a esconder, a guardar,
a fechar...
— Pára, interrompeu-me S. Paulo;
falas como se estivesses a representar alguma cousa. A imaginação dos
homens é perversa. Os homens sonham facilmente com dinheiro. Os tesouros
que valem são os que se guardam no céu, onde a ferrugem os não come.
— Não era o dinheiro que me
fascinava em vida, era o mistério. Eram os trinta ou quarenta milhões de
cruzados escondidos, há mais de século, no Castelo; são os trezentos
contos do preso de Valhadolide. O mistério, sempre o mistério.
— Sim, vejo que amas o mistério.
Explicar-me-ás este de um grande número de almas que foram daqui para o
Brasil e tornaram sem se poderem incorporar?
— Quando, divino apóstolo?
— Ainda agora.
— Há de ser obra de um médico
italiano, um doutor ... esperai... creio que Abel, um doutor Abel, sim
Abel... É um facultativo ilustre. Descobriu um processo para esterilizar
as mulheres. Correram muitas, dizem; afirma-se que nenhuma pode já
conceber; estão prontas.
— As pobres almas voltavam
tristes e desconsoladas; não sabiam a que atribuir essa repulsa. Qual é o
fim do processo esterilizador? — Político. Diminuir a população
brasileira, à proporção que a italiana vai entrando; idéia de Crispi,
aceita por Giolitti, confiada a Abel ...
— Crispi foi sempre tenebroso.
— Não digo que não; mas, em
suma, há um fim político, e os fins políticos são sempre elevados ...
Panamá, que não tinha fim político ...
— Adeus, tu és muito falador. O céu é dos grandes silêncios contemplativos.
4 de Fevereiro de 1894
QUANDO EU Li que este ano não
pode haver carnaval na rua, fiquei mortalmente triste. É crença minha,
que no dia em que deus Momo for de todo exilado deste mundo, o mundo
acaba. Rir não é só le propre de 1'homme, é ainda uma necessidade dele. E
só há riso, e grande riso, quando é público, universal, inextinguível, à
maneira de deuses de Homero, ao ver o pobre coxo Vulcano.
Não veremos Vulcano estes dias,
cambaio ou não, não ouviremos chocalhos, nem guizos, nem vozes tortas e
finas. Não sairão as sociedades, com os seus carros cobertos de flores e
mulheres, e as roupas de veludo e cetim. A única veste que poderá
aparecer, é cinta espanhola, ou não sei de que raça, que dispensa agora
os coletes e dá mais graça ao corpo. Esta moda quer-me parecer que pega;
por ora, não há muitos que a tragam. Quatrocentas pessoas? Quinhentas?
Mas toda religião começa por um pequeno número de fiéis. O primeiro
homem que vestiu um simples colar de miçangas, não viu logo todos os
homens com o mesmo traje; mas pouco a pouco a moda pegando, até que
vieram atrás das miçangas, conchas, pedras e outras. Daí até o capote, e
as atuais mangas de presunto, em que as senhoras metem os braços, que
caminho! O chapéu baixo, feltro ou palha, era há 25 anos uma minoria
ínfima. Há uma chapelaria nesta cidade que se inaugurou com chapéus
altos em toda a parte, nas portas, vidraças, balcões, cabides, dentro
das caixas, tudo chapéus altos. Anos depois, passando por ela, não vi
mais um só daquela espécie; eram muitos e baixos, de vária matéria e
formas variadíssimas.
Não admira que acabemos todos de
cinta de seda. Quem sabe não é uma reminiscência da tanga do homem
primitivo? Quem sabe se não vamos remontar os tempos até ao colar de
miçangas? Talvez a perfeição esteja aí. Montaigne é de parecer que não
fazemos mais que repisar as mesmas cousas e andar no mesmo círculo; e o
Eclesiastes diz claramente que o que é, foi, e o que foi, é o que há
vir. Com autoridades de tal porte, podemos crer que acabarão algum dia
alfaiates e costureiras. Um colar apenas, matéria simples, na mais;
quando muito, nos bailes, um simulacro de gibus para pede com graça uma
quadrilha ou uma polca. Oh! a polca das miçanga. Há de haver uma com
esse título, porque a polca é eterna, e quando não houver mais nada, nem
sol, nem lua, e tudo tornar às trevas, últimos deus ecos da catástrofe
derradeira usarão ainda, no fundo do infinito, esta polca, oferecida ao
Criador: Derruba, meu Deus, derruba!
Como se disfarçarão os homens
pelo carnaval quando voltar a idade da miçanga? Naturalmente com os
trajes de hoje. A Gazeta de Notícias escreverá por esse tempo um artigo,
em que dirá:
Pelas figuras que têm aparecido
nas ruas, terão visto os nossos leitores Onde foi, séculos atrás, já não
diremos o mau gosto, que é evidente, mas a violação da natureza, no
modo de vestir dos homens. Quando possuíam as melhores casacas e calças,
que são a própria epiderme, tão justa ao corpo, tão sincera, inventaram
umas vestiduras perversas, falsas. Tudo é obra do orgulho humano, que
pensa aperfeiçoar a natureza, quando infringe as suas leis mais
elementares. Vede o lenço; o homem de outrora achou que ele tinha uma
ponta de mais, e fez um tecido de quatro pontas, sem músculos, sem
nervos, sem sangue, absolutamente imprestável, desde que não esteja a da
pessoa. Há no nosso museu nacional um exemplar dessa ridicularia. Hoje,
para dar uma idéia viva da diferença das duas civilizações, publicam um
desenho comparativo, dous homens, um moderno, outro dos fins do século
XIX; é obra de um jovem por um dos redatores desta folha, o nosso
excelente companheiro João, amigo de todos os tempos.
Que não possa eu ler esse
artigo, ver as figuras, compará-las, e repetir os ditos do Eclesiastes e
de Montaigne, e anunciar aos povos desse tempo que a civilização mudará
outra vez de camisa! Irei antes, muito antes, para aquela outra
Petrópolis, capital da vida eterna. Lá ao menos há fresco, não se morre
de insolação, nome que já entrou no nosso obituário, segundo me disseram
esta semana. Não se pode imaginar a minha desilusão. Eu cria que,
apesar de termos um sol de rachar, não morreríamos nunca de semelhante
cousa. Há anos deram-se aqui alguns casos de não sei que moléstia
fulminante, que disseram ser isso; mas vão lá provar que sim ou que não.
Para se não provar nada, é que o mal fulmina. Assim, nem tudo acaba em
cajuada, como eu supunha; também se morre de insolação. Morreu um,
morrerão ainda outros. A chuva destes dias não fez mais que açular a
canícula.
De resto, a morte escreveu esta
semana em suas tabelas, algumas das melhores datas, levando consigo um
Dantas, um José Silva, um Coelho Bastos. Não se conclui que ela tem mais
amor aos que sobrenadam, do que aos que se afundam; a sua democracia
não distingue. Mas há certo gosto particular em dizer aos primeiros, que
nas suas águas tudo se funde e confunde, e que não há serviços à pátria
ou à humanidade, que impeçam de ir para onde vão os inúteis ou ainda os
maus. Vingue-se a vida guardando a memória dos que o merecem, e na
proporção de cada um, distintos com distintos, ilustres com ilustres.
Essa há de ser a moda que não
acaba. Ou caminhemos para a perfeição deliciosa e terna, ou não façamos
mais que ruminar, perpétuo camelo, o mesmo jantar de todas as idades, a
moda de morrer é a mesma ... Mas isto é lúgubre, e a primeira das
condições do meu ofício é deitar fora as melancolias, mormente em dia de
carnaval. Tornemos ao carnaval, e liguemos assim o princípio e o fim da
crônica. A razão de o não termos este ano, é justa; seria até melhor
que a proibição não fosse precisa, e viesse do próprio ânimo dos
foliões. Mas não se pode pensar em tudo.
Machado de Assis, crônicas publicadas em A semana. Machado de Assis, Obra Completa, vol. III. Editora Nova Aguilar.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
poema de Lawrence Ferlinghetti achado na net por marcos e ivan evaldo kussler ivam
...............1
Nas melhores cenas de Goya parece que vemos
....................................................as pessoas do mundo
........no exato momento em que
.......................pela primeira vez elas ganharam o título
..................................................de ‘humanidade sofredora’
........Tais pessoas se contorcem na página
................................................num verdadeiro acesso
..................................................................de adversidade
........Amontoadas
.......................gemendo com bebês e baionetas
........................................sob um céu de cimento
.......pela paisagem abstrata de árvores bombardeadas
....................estátuas decaídas asas bicos de morcegos
......................................................patíbulos escorregadios
........................................cadáveres galos carnívoros
.......monstros finais berrantes todos
........................da
.....................................‘imaginação do desastre’
.......tão danados de reais
................................... que até parece que ainda existem
.......E existem mesmo
...................... Só mudou a paisagem
Todos continuam em fila nas estradas que estão
.......infestadas de legionários
.......falsos moinhos de vento e grandes galos dementes
E são aquelas mesmas pessoas
.........................................apenas mais distantes de casa
.......e em estradonas de cinqüenta pistas
......................num continente de concreto
..................................demarcado por pencas de cartazes
.......que ilustram ilusões imbecis de felicidade
A cena mostra menos carretas para a forca.
trad. Leonardo Fróes
poema de Lawrence Ferlinghetti achado na net por marcos e ivan evaldo kussler ivam
...............4Num ano surrealista
...........................de homens-sanduíche e banhistas ao sol
..........................................girassóis mortos e telefones vivos
...............políticos amestrados repartidos em partidos
...............realizavam seu número de costume
...............no picadeiro de seus circos de serragem
...............onde acrobatas e homens-bala
.......................................... enchiam o ar como um lamento
...........................quando algum palhaço premiu
...............por pilhéria o botão de um cogumelo incomestível
e uma inaudível bomba de domingo
............................................................ explodiu
surpreendendo o presidente em suas orações
...........................no décimo nono buraco do campo de golfe
Oh era uma primavera
.................de folhas de peles selvagens e flores de cobalto
enquanto cadillacs caíam como chuva entre as árvores
...........................encharcando com demência os relvados
e de cada nuvem de imitação
..........................................escorriam multidões múltiplas
..............................de sobreviventes de nagasaki desasados
...............E ao longe perdidas
...............flutuavam xícaras
...............repletas com nossas cinzas
trad. Eduardo Bueno
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